Devaneios de Madrugada
Ansioso, rodo, manuseio desta vida a esfera,
Que rodopiando, incendeia os meus sentidos.
Oh! Triste coração, que ardente bem quisera,
Não carpir, nestes dias tão sofridos,
A angústia, já dorida, desta espera.
E agora nestes encontros venturosos,
Que nos prometem rajadas de alegria,
Enlaçamo-nos, ternos e afectuosos.
Oh! Que outros encantos nesta vida haveria,
Que, quando olhados, nos fossem tão formosos.
E agora nestes encontros tão queridos,
Partilharemos nós ternurenta euforia,
E sempre juntos, a esta paixão já rendidos.
Oh! Que outra partilha de emoções arrancaria,
Nestes corpos, tamanhas trovas de gemidos.
E se o amor permanecesse, que bom seria,
Contar os dias e num turbilhão de emoções,
amar, dançar, viver feliz em cada dia.
Oh! Quem calaria a voz destes corações,
ao expressarem o prazer que lhes daria.
Luiz
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