. DESALENTO
Oh! Como te excomungo aqui, maldito fado,
Neste cansaço de ter sofridamente
De enfrentar, combater este cruel enfado,
Em que se tornou o estar doente.
Ah! Esclerose malvada, que me enfermas,
Que em mim espalhaste teu mal, profundo.
Tu! Que nunca me lanças palavras ternas.
Tu! Sorte vil! Que me persegues neste mundo.
Esbarrei aspirações, anseios, nesse muro,
Que este execrável destino me ofereceu,
E que, mesmo sem se anunciar, eu já aturo.
E enquanto meu sonhar, desiludido, já pereceu,
Farei ainda da tolerância destino, desse futuro
Que, mesmo sem ser desejado, se fez meu.
. Luiz
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