Olho-te mar calmo, que me seduzes, despertas,
Acordas os meus sentidos e os guias devagar,
Ao encontro espumado dessas ondas que lhe ofertas.
Para elas dirijo meus passos, para ti o meu olhar.
A ti mar, ao vento, a naufragos e navegantes,
Queria eu cantar alto tristezas ou alegrias.
Incendiar na alma a centelha que por instantes
Flameja em meu olhar, despistando nostalgias.
Anseio aquele dia em que ondas iradas ou revoltas
Como quimeras rebentando o rejuvenescido vigor,
Trarão barcos cheios de histórias, páginas soltas,
Quais Lusíadas estrofes, com novas de meu amor!
E se por esse meu bem, só e tristonho eu já suspiro,
Expressando em poema lamentos dessa ansiedade,
Também nesta ânsia, em meu pobre coração aspiro
a, no calor do seu regaço, afagar esta saudade.
LUIZ
Os nossos olhos são o espelho da nossa alma, não mentem, reproduzem sempre os pormenores mais íntimos dos nossos sentimentos. O Espelho da Alma é um espaço onde se pretende reproduzir em poesia um manifesto desses sentimentos do autor. Tu! Que aqui passaste, considera-te bem vindo e volta sempre.
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E por ti, amor, guardo meus desejos ardentes,
ResponderEliminarNo meu corpo quente,
Numa ânsia sem fim,
De sentir os teus beijos sempre provados,
E com a alma renovada,
Fico a tua espera,
Em nossa casa tão cuidada.
Eu