Neste desejo de esquecer-te, eu, sem jeito,
Continuo lamentando ver-te, no desgosto
Desse sorriso que perdura no teu rosto
E dessa dura indiferença no teu peito.
E se neste mal em que o meu defeito
É prosseguir da rejeição caminho oposto,
Renego-o! Porque no amor o pressuposto
É furtar-me à imperfeição de estar sujeito.
Vou submetendo assim minha natureza,
Perseguido por esta paixão tão ilusória,
Que me faz sofrer por tais amores.
Este feitiço, que delapida minha beleza
E que me impôe já, ter só por glória,
Um destino fatalista de tais dores.
LUIZ
É teu apanágio sempre escrever lindamente e nesse poema retratas a fatalidade de um amor desconjurado como ninguém o faz!!
ResponderEliminarParabéns Nobre Poeta!!
Eu.