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Os nossos olhos são o espelho da nossa alma, não mentem, reproduzem sempre os pormenores mais íntimos dos nossos sentimentos. O Espelho da Alma é um espaço onde se pretende reproduzir em poesia um manifesto desses sentimentos do autor. Tu! Que aqui passaste, considera-te bem vindo e volta sempre.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

AUTOGRAFIA



Não meus amigos não recuso nem desminto,
Nas estrofes destes versos, cantar meu eu ensejo.
Porquanto se neles enumero o que em mim sinto
Também neles me confesso e neles me revejo.

Através deles me expresso e neles eu instigo
Glimatias estrofes, mesmo aos que me conheçam.
Ignorando que Ésquilos Cíceros insinuando castigo,
Desagiam ironias, profetizando que me esqueçam.

Dou-me a mim mesmo o prazer de meu monólogo,
Indígete actor desse prazer que enche meu peito,
Sem a arrogante filáucia, do destino, ser astrólogo.

E quando um dia ao dílúculo da morte for sujeito,
Anuncio ao pensamento ser apenas breve prólogo,
Prometeu, doutro propósito, para o qual sou eleito.


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domingo, 5 de setembro de 2010

P O E S I A






Guardo em mim a certeza de me esforçar por ser
Teu amor, dar-te o carinho que ambicionas ter.
Dias de cumplicidade partilhada que desejámos,
Noites de paixão, que conjuntamente sonhámos.

Vivermos um romance e como Romeu e Julieta,
Ser no coração, por Cupido, atingidos c'uma seta.

O que eu sei, o que não sei ou simplesmente pensei,
Ventos que me guiam a mão por céus que ansiei.
Uma fome, um choro, quiçá só essa louca vontade
De movido pelo desejo, alcançar teu amor de verdade.

A poesia me guia a mão sem vacilar e num momento,
Numa estrofe e nestas rimas, se confessa o sentimento.

Entrelaçadas as mãos, meus lábios tocando os teus,
Mapeando os destinos que se enlaçam( teus e meus ).
Enquanto nas nuvens o vento dissipa marcadas euforias
Surgem no horizonte novos amores, douradas alegrias.

E se nesta minha poesia invoco anseios de uma paixão,
Mais não faço que enunciar nela as razões do coração.

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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

SÁTIRA




Oh, Comum! Mortal cidadão! Quão negro fado

Nesse destino que te empurrou a ser poeta.

Derramas estrofes em que esgrimes teu enfado

Ou te reafirmas (da tua crua poesia) asceta.



Satirizado, como Mévio por Virgílio serás,

Censurado por Licurgas e Ulpianas ideias

Cujácios da poesia te apontarão o exílio, atrás

Hirtos os indicadores, esgares, faces feias.



E enquanto te vão apontando, vozes vão bradando

Exasperando nas palavras, os olhares chispando!

- Vai-te dolo, deste oiteiro, destes campos de Apolo!



Em pérfida loucura, cobrem de arruda e arnica a sepultura,

Prefaciam perversa a desventura, o epílogo desta aventura,

Colando no raso esquife, já lacrado, epitáfio de patife.




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quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Níver - Dia de Amor

















Níver - Dia de Amor



Desvelos vários que horizontes me invocaram,
Na rasgada profecia, que harmoniza estes meus versos.
E que na forma de poéticos segredos dispersos
Vai ciciando as odes, que meus desejos formaram.

Já pelo acto venturoso, que neste dia se invoca,
De meus braços receberás, tu - teu prémio de ouro,
O beijo ardente, para o qual teu níver me convoca,
Do mais vivo amor, que te lanço imorredouro.

E neste remanso etéreo de carícias, enlaçados,
Sentar-nos-e-mos ambos, de mãos dadas e aos beijos,
Esculpindo juntos tempos por Deus abençoados.

Nestes amores ternos , que a meus olhos são lançados,
Os tais que, teu carinho e paixão tornam desejos,
Me darão este amor cálido, adoçado em teus afagos.


Luiz
NOSSO DESEJO

Tens meu carinho anjo, para saberes,
Que tudo de bom na vida há-de,
trazer-te, delicado, tudo o que queres,
e suave, cinji-lo de verdade,
Agradecendo-te que esperes.

E tu, como nunca, ao pé de mim,
Florescerás linda e radiosa como um jardim.

E num oceano de delirante beijo,
Meigos carinhos por Deus abençoados,
Clama por mim nosso desejo,
No qual passeando de mãos dadas,
Olhas-me e comovido, só a ti vejo.

Mostra-me a tua alma ao meu desengano,
E dir-te-ei, seres para mim, a que eu amo.

É assim, amor, que iremos ter,
Em geração de amor, sagrado ninho,
E no ventre abençoado do teu ser,
Medra infindável um caminho,
aumentando, na proporção deste querer.

Chamar-te-ia minha, assim eu pudesse,
ter-te, junto a mim, quando eu quizesse.


Luiz







Corpo Desnudo


Sózinha, na escuridão da loucura,
estava deitada, o corpo envolto,
num espartilho de cetim, rosa cor,
sorridente, deliciosamente terna.
Ele chegou, sorriu-lhe com ternura,
afagou-lhe o cabelo solto,
roçou-se nela e num tamanho ardor,
foi-lhe afagando a nua perna,
beijando-lhe sôfrego a boca.
Sentiu-lhe os lábios do sexo,
Entre suaves carícias,
sob as quais, ela, arquejando,
se afundou em mais delícias.
Sentindo-se húmida, arfando,
contorceu-se num frenesim,
e tornou o enlace, o amplexo,
no querer então, extrair, por fim,
esse prazer que a punha louca.


Luiz



ESTROFES



Eu escrevo, em momentos,

Sonho, brinco com poemas,

Onde, dissertando por temas,

Abraço meus sentimentos.



Vendo este sonho e sorrindo,

Deixo-me por ele embalar,

Sem ter que me preocupar,

Em disfarçar o que sinto.



Nada procuro ou destruo,

Nada desejo! Nada sonho.

Ainda assim, sempre risonho,

Vou confessando o que intuo.



Sinto então, por instantes,

Que dar voz ao coração.

Evitará e com razão,

Desiludir como antes.


Luiz
MISTERIO E PAIXÃO
Pelos ponteiros desse relógio me oriento,
Deixo que as fases da lua me conduzam,
E tu, sendo minha, me darás alento,
Até que o brilho do teu sol, um sorriso,
O calor do teu corpo e o amor, me seduzam.

Alinho essses detalhes despercebidos,
Que num descuido se levantam, me derrubam.
E nessa bomba que é teu corpo, alma antiga
Encontro detalhes, por mim apetecidos
Que para os braços de teu amor me empurram.

Luiz