Amordaçado
Escuto no vento que passa o sarcástico murmurar,
Que vindo do longínquo horizonte jura encantos.
Entoa vivas odes. Argutas formas de chamar,
Alimenta-se na tristeza destes meus prantos.
E se por escutá-lo silvando, decifro a solidão
Que de longe ao meu encontro estreita o passo!
Já me afronta, martiriza meu pobre coração,
Esta vil tentativa de se imiscuir no meu espaço.
MMMmmmm!...............................................,
MMMmmmmmmmmmmm!........................,
Mmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm.
Oh! Torpe! Que meu sentimento aprisionas.
Oh! Infame! Quando meu falar amordaças.
Não me tentes! Nem ouses impor desgraças.
Luiz