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Os nossos olhos são o espelho da nossa alma, não mentem, reproduzem sempre os pormenores mais íntimos dos nossos sentimentos. O Espelho da Alma é um espaço onde se pretende reproduzir em poesia um manifesto desses sentimentos do autor. Tu! Que aqui passaste, considera-te bem vindo e volta sempre.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010




Sonho de Crystall



Estes meus olhos de Chrystall são apenas

Pedacinhos de estrelas brilhando entristecidos,

Que nesta luz do dia andam sós, perdidos

Retalhos de sonhos, nestas veredas terrenas.



Quando te miro com eles se tu me acenas,

Logo se amainam, tranquilizam, meus sentidos.

Meus desejos se afagam e embevecidos

Vão, dos sofrimentos, esquecendo as penas.



A tua voz fala-me alegremente e já deslumbra

Como o ansiado raiar de sol na madrugada,

Que alegra, ilumina, os horizontes em penumbra.



Depois, quando te vais e tua voz se cala,

Entoa ainda em meu coração guardada,

Aconchegada nesse ecoar suave que me embala.



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terça-feira, 9 de novembro de 2010




Insanidade Implícita


Gosto de percorrer meus dias
A brincar como aos poetas
Dispersando o olhar em trémula ilusão
Afogando nele o pensamento tristonho
E enquanto assim finjo que sonho
Afago o coração.
Deixo-me embalar
Como quem chora,
Sem sequer me preocupar
Em saber porque o faço.
Depois rasgo ainda
Tudo que no papel escrevi
Pois não me arrogo o direito
De aprisionar a palavra
Mesmo que em mísero traço.
Impossível encontrar maior desperdício
Que este de escrever um poema.
Como pode haver perda maior
Se ela reflete em si mesma um sacrifício!
Dissipa-se o tempo
os sentimentos esfumam-se
E nada mais fica
Além da tortuosa recordação
Desse inexorável tormento.


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Insanidade Literária ( Aliteração)




Louco...sou sim! E porque não?
Se reflito um estado puro e verdadeiro?
Que exprime de mim convicta sensação
De no meu fleumático querer ser o primeiro.

E se tudo que coloco nesta tela de papel
Desperta ainda sentimentos contrários, emoções,
Procuro também aqui encondê-los, borro a pincel,
Sonegando em recôndito homízio insanas contradições.

E assim vou quitando o expressar do meu querer,
Sem pejo algum de esquiva a quem os ler
Mesmo traçando nesta escrita um qualquer esmo.

E por isso vou repetindo a todos e a mim mesmo,
Que escreva, para si próprio, quem pernóstico houver,
Solilóquio, que diga por si só, o que bem quer.



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